Águas da vida


Tenho pensado muito em água. Sim, água: elemento físico, químico, composto de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Aquele provérbio sobre a "sabedoria da água", que não discute com seus obstáculos, mas os contorna, esteve em minha mente durante toda a semana transcorrida.
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Talvez seja por compreender um pouco sobre a vida e suas vicissitudes. Tudo está em constante mudança, em um vai-e-vém sem fim. As águas vão e voltam. Evaporam para um dia cairem novamente, já mudadas. Não serão as mesmas que antes evaporaram. "Compreenderam" a necessidade de sair de um ambiente, sair do campo visível; Querem "ver" as coisas sob um outro ângulo, do alto, e uma outra vez retornarem, cumprindo novamente seu papel. Agora já refeitas, purificadas, renovadas.
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Assim tenho me sentido: experimentando uma certa quietude interior. Um silêncio fértil do qual não quero sair agora. Experimento um "quê" de imparcialidade na forma de pensar, apesar de não abrir mão de várias crenças. Talvez por nelas ver algo que priorize a liberdade de escolha. Da própria, pessoal, subjetiva escolha.
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Silêncio do evaporar-se para compreender meu sentido, meu papel...
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Seize the day. Carpe diem. Aproveite o dia. O hoje tem tantas coisas boas para serem vividas, descobertas. Tantas águas para correr. Tantos rios e tantos encontros...
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Quero ser água. Mas água corrente. Quero não parar diante dos obstáculos, mas contorná-los, com a ajuda de outras águas. Água que corre, gera paz, gera vida, promove movimento e dá beleza por onde passa.
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Água parada quer ver-se livre dos obstáculos; discute com eles, e por eles fica presa. Apodrece. Morre, e deixa a vida morrer.
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E você, que tipo de água tem sido hoje?

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