Tudo novo. Nada denovo


Há quase exatos quatro anos, tive a alegria de conhecer o trabalho literário de Fábio de Melo.

Suas músicas, assim como o restante de sua literatura, cantam a ligação intrínseca entre o imanente e o transcendente. Para ele, "o que é humano está muito bem quando misturado no que é divino". Sua concepção acerca da vida [no plenamente "humano"] é caracterizada pela harmonia existente entre os contrários presentes no mundo, os quais nos ajudam a compreender que só é feliz aquele que já experimentou a infelicidade; só acerta quem já passou pela experiência dos erros. E quando nas contínuas tentativas de acertar, os erros começaram a se sobressair, faz-se necessário a experiência do começar de novo, do virar a página.

Tudo novo. Nada denovo. Sobre aquilo que já passou, não se pode fazer mais nada. E o amanhã, só a Deus pertence. O que podemos fazer é aproveitar e construir novos degraus na escada da vida. Afinal, os degraus, por mais parecidos que possam ser, nunca são iguais aos que já foram deixados para trás. A experiência do novo é sempre presente.

Presente [dádiva] do presente [tempo].

O passado tem muitos erros que impedem a vida no hoje. Preocupar-se é permitir que tais erros tornem-se atuais, fechando visão do agora, encerrando as possibilidades do futuro. É sempre tempo de recomeçar. Tudo novo. Nada denovo.

Não esteve bem até agora? "Vire a página!"

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